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quinta-feira, 27 de dezembro de 2012

Like a dream'


Eu sonhei
Um sonho real
Que eu sonhava quando acordada
Esquecida na madrugada

Mas, aquele que sonhamos quando dormimos
Aquele onde recebi seus mimos, 

Eu sonhei
Foi meu sonho esta noite.

Estava destraída onde sempre nos víamos
De repente tive o prazer de novamente te encontrar
E como se fosse me contar um segredo
Depois de 4 anos senti o mesmo beijo

Corremos felizes
Sorrimos e nos interligamos
Sua voz me dizendo quanto sentiu minha falta.
Esse foi meu sonho.

Ps.: Ah... Como queria que realmente a sentisse.







sábado, 15 de dezembro de 2012

I told you so.



- Eu te falei, eu te falei que seria assim. Tá vendo no que tudo se transformou? Uma bola de neve. Igual a outra vez. Talvez melhor, talvez bem pior. Antes eu amava, hoje, nem sei se amo mais. Não te amo. Isso eu sei. Mas quanto a outra pessoa eu já não posso dizer o mesmo. Na verdade acho que não a amo também. São todos distantes do meu objeto de desejo que na verdade se faz um poço de perfeições minhas que não hei de encontrar em ninguém além de mim. 

- ...

- Não queria te falar nada disso, está vendo como fica sem palavras? Sem reação? Deve estar se sentindo um lixo ou algo assim. Mas não era para estar, eu te avisei, eu te falei que seria assim, te contei tudo passo a passo. Não te iludi, não enganei, não menti nem propus nada. Na verdade nem sei o que nós somos. Se é que somos alguma coisa. Somos?

- ...

- Não vai se pronunciar? Então mais uma vez eu estou aqui falando sozinha? Com um alguém que não me responde? Não me entende? Não quer entender? Isso não pode ser uma verdade. Na verdade eu sei que nem você tem as respostas para mim. Nem você me entende. E o meu mistério me faz incompreensível. Mas talvez eu sempre quis que fosse assim, sempre quis que ninguém me acessasse pois eu sei que todos me decepcionariam. 

- ...

- Um diálogo inteiro feito só por mim? Mas isso é porque nem posso imaginar como seria você e seus pensamentos. Você pode ser qualquer um. E o que te falarei sempre seria isso. E te contaria tudo antes e ao final declararia: I told you so. 

domingo, 9 de dezembro de 2012

Ausente




Não vou ligar para você
não quero ligar para você
Não sou sua
Nem sabes quem eu sou.


E se eu for um anjo?
Tá perdendo a oportunidade de voar.
E se eu for um demônio?
Andas ao lado do seu tumulo sem saber.

De que vale a presença
Se não tem a consciência
Que sou mais que essa aparência
E isso que vives não é amor?

Apenas diria que não tem importância.
Sou adulto,sou criança
Sou gente diferente
Não resides em minha mente.

Vai procurar um diamante
Colocas meu nome nele
Cuida com todo esmero
Transfiguração eu não quero.

Poderia te mostrar meus Hobbies
A paixão em minhas artes.
Mas nem isso você merece
Na verdade me esquece.



quarta-feira, 5 de dezembro de 2012

Aquela menina


Saudades daquela menina sentada no muro da escola
Esperando aquele menino tão lindo passar
Daquela vida que levava levando
Onde observava as pessoas a conversar

Uma menina que queria ser ela
Uma menina que não era ninguém.
Não vislumbrava a Cinderela
acreditava no amor, porém.

Aquela menina sonhava com os anjos
pedia a sorte de um dia se realizar
O desejo pequeno era
Mas até hoje ela o vem a buscar

Na televisão ela se lembra em gestos alheios
também, ela, se vê em cartaz
Menina que se pergunta realmente
Se o que queria, agora seria capaz.

Saudades daquela garota não há.
No que se tornou 
ninguém iria imaginar ou acreditar
talvez julgar
mas nunca amar.





segunda-feira, 12 de novembro de 2012

Um pedido


Posso dizer que me encantou
ou até que me apaixonei por você.
Posso dizer que es lindo
ou então que emana positividade.

Posso te demonstrar o meu afeto 
e recebê-lo em dobro.
Posso pegar a sua mão
e fazer de ti o meu contorno.

As possibilidades são imensas
as vontades enormes
os sonhos infinitos
e dos amores maiores.

Amizade se faz do nada
se torna  tudo
e alimenta-se no universo.

O que tem de essencial
se torna identidade.
E o que eu tenho de carinho
destino a você.


sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Novamente Fim


Depois do nunca
eu te vi.
Te vi novamente.
Oh... mundo entorpecente.

...

Levastes teus olhos em mim
E agora minha alma te pertence
Eis que formamos uma aurora...
De 4 meses... 4 horas.

Afligia-me, eu, a tua espera.
mais uma vez,
sempre, 
a tua espera.

Essa que chega ao fim
Definitivamente
Indefinido
Fim.



segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Estrela



Eu que costumava contemplá-La,
analisá-La, estudá-La..
Enfim a vi.
Vi o inimaginável.

Nunca imaginei que iria encarar
um astro assim de perto.
Não o meu.
Não A estrela.

De beleza digna dos céus
E de materialização surreal.
Em sua veneração
Faria-me imortal.

Ponho-me em condição platônica
Ganho o mar numa pequena carruagem
Tomando um posto de êxtase ideal
Ao me lembrar de tão impactante miragem.

Amada


São as palavras que descrevem o universo
É a gota que dá vida ao ser
Era a lágrima da criança
Seria a ação de morrer.

Criava vidas
As dava a magia
Alimentava-as no amor
que dela surgia.

Tornara-se uma lenda
Fazendo-se oculta num mundo
onde a preciosidade é o desvalor
e o povo, sem arte, imundo.

Deusa onipotente.
Há de ser revenerada.
Da Terra, a nascente
Mãe Amada.



quarta-feira, 12 de setembro de 2012

Estado






*

Parcialmente débil

Parcialmente distante

Parcialmente pensativo

Parcialmente conturbado.






O estado físico

O estado regional

O estado de espírito

O estado emocional....






Tive umas impressões

Tive umas aflições

Tive um amor

Tive você






Te vi num ontem

Te vi um dia

Te vi hoje

Te vi




*




terça-feira, 4 de setembro de 2012

Alusão


Queria usar seu nome
Mas seu nome é secreto
Poderia ter certeza 
Mas nada disso é concreto

Dançaria a noite inteira..
Ficaria, sobre o abismo, a beira.
Sob as estrelas e a lua..
Com a luz e o mar..
Com você.

Cantaria silenciosamente
numa lírica profunda.
Expressaria minha mente
em sua ideia oriunda.

Materializaria sua visita
Chegaria a uma conquista
Admiraria, enfim, sua beleza.
Obteria sua grandeza.
E sorriria, " !






quinta-feira, 23 de agosto de 2012

PROTESTO

Eu represento:
Os subterrâneos da liberdade

Os prisioneiros escondidos,
Os revolucionários oprimidos.
Desejo, saudade..
A essência da vitalidade

Os ásperos tempos

Estes perdidos
Estes ganhados
Tais sofridos
e pouco amados.

A agonia da noite

Onde as dores aparecem
Todas as sombras crescem
O medo toma conta
O desespero nos encontra

A luz no túnel

A ideia de recriação
O ponto de esperança
Como um parque de diversão
Realizando o sonho de uma criança.





*Elementos em lilás retirados dum roteiro de Lara Carolina.

quarta-feira, 15 de agosto de 2012

O Ontem é o Hoje. Será Amanhã?



O que te leva a escrever
num país que não te dá educação?
O que te leva a cantar
num país onde o tema é a corrupção?

Como dar um sorriso sincero
no país onde a lei é o "quero!"?
Como valorizar a dança
num país onde a cultura é uma vaga lembrança?

Vamos para frente,
mas vamos em direção oposta.
Vamos amar mutuamente,
num país onde ninguém se gosta.

É tempo de promover a modernidade,
esconder a realidade,
por o lixo no lixão,
alimentar a ilusão.

terça-feira, 17 de julho de 2012

BurnEnd

    
   Já se dizia assim: Garota de fogo ou, garota do cabelo de fogo. Meiga porém explosiva, corpo esbelto, prolongado, branco como a neve. De sorriso tímido e olhar apaixonado.
    Ela se apaixonara. Era ele um mago transcontinental que a encantara com sua perspicácia e gentileza. Sua forma de tratá-la era divina, ilustre, e a deixava transbordando com uma leveza que só ele sabia passar.
    Katrina firehair não pensou que fosse capaz de se apaixonar, então, não mediu pensamentos e se deixou levar com a imaginação de que nada havia além do companheirismo entre dois místicos.  
    Já Sândler não pensava nada, ou melhor, só pensava nela. Sem pretensões ou ilusões. Apenas se sentia bem ao seu lado. Vislumbrava conhecê-la, a sua alma lhe instigava, ele não a compreendia mas sentia-se feliz em ouvi-la.
   Ele prometera que no dia do aniversário dela declararia uma coisa, já ela, disse que se revelaria.
   Pela manhã do aniversário da mais nova graduada, ele mandou uma carruagem no recanto de Katrina para buscá-la e trazê-la para seu castelo, queria fazê-la sentir-se uma rainha. 
    Passearam pelo campo de rosas carnívoras e banharam-se na cascata de ônix, a água era quente e calma, um extremo relaxante. As 13:33 dirigiram-se para a mesa do jardim. Ele a conhecia bastante e mandou preparar um nhoque aos pedaços de salmão em molho branco. Estava divino. 
    Ela nunca tivera um dia especial quanto aquele. Era aquele dia que seria O dia.
   Seguiram para a borda da caverna e ficaram a apreciar um delicioso frapê de morango com chocolate belga.
   Feita a digestão, caminharam pelos corredores da caverna que eram cobertos com diamante, esmeralda e cristal rosa. Tudo era tão lindo que parecia uma outra era dimensão.
   A noite estava chegando e então ele decidiu levá-la para o deck que tinha mil metros de altura sobre o rochedo. 
  Sentados num banco de mármore azul apreciavam o por do sol, era a noite propícia para os acontecimentos, e com ele surgia no céu a mais divina bluemoon.
    Sândler pegou as mãos de sua amada e olhando em seus olhos eis que disse:

- Katrina, esperei tanto por esse momento, quis fazer do seu dia especial o nosso dia inesquecível. Imagino que já percebestes, mas mesmo assim quero dizer que, a aurora que há em ti despertou meu espírito e encantou meu pequeno congelado coração. Quero dizer ainda mais, digo que te protegerei de tudo que possa haver nesse e em todos os outros mundos pelo qual passaremos. Serei o seu guerreiro  você será a estrela da minha força.

   A essa hora o sol já havia se posto e a menina tímida ia ganhando coragem somente bos a luz da lua. Imaginara aquele momento, mas até então só era ficção, vivia agora uma realidade sonhada.
    Katrina levantou com os olhos cheios de lágrimas. Pela primeira vez ela estava plena em um amor. E o amor seria seu ponto inicial e seu ponto final. Enfim ela amara. Mirou o seu objeto de paz e se fez dizer:

- Em teus olhos me fiz vida, em tuas palavras me fiz humana, em ti me fiz magia e em teu toque me farei amor.Agora sou sua e confio em você. Dissestes que me protegeria de tudo, certo? De tudo mesmo?

    Sândler encantado, respondeu sem hesitar:

- Sim, de tudo. De tudo meu anjo.

   Ela, agora certa, se aproximava devagar. Ambos sentiam suas respirações. Ela cada vez chegando mais perto, o beijou.
   Seus cabelos começaram a flamejar. Ela sentia um impulso jamais sentindo, sentiu que estava acontecendo.
  Ele sentiu-se tão quente que se afastou. Olharam-se fixamente e neste momento ela já uma bola de fogo ardente  expansivo. 
    Sândler ficara pasmo e não conseguira sequer pronunciar uma palavra.
   Foi o tempo de Katrina elevar sua chama e declarar:

- Me fizestes em amor e isso agora eu sou. Eu queimo, eu vivo, eu morro! - E se jogou naquele enorme despenhadeiro sem volta.

    Os Céus e os Infernos puderam ouvir o mais estridente dos gritos. Grito de desespero, grito de quem perdera ao ganhar, seu único amor. E do dia especial, fez-se o dia inesquecível.

- Katrinaaa! Nãaaoo!

sexta-feira, 13 de julho de 2012

"Mais" Que Eu


Você gosta tanto de mim que não sobra espaço espaço preu gostar de ti;
Você me fala tanto que não há tempo preu conversar com você;
Você se encanta tanto comigo que não espaço preu me encantar com tu;

Você reclama tanto de mim que não há como eu falar de ti;
Você ocupa a cama toda que eu eu acabo tendo que dormir no chão;
Você come todo o almoço que eu tenho que comer o resto;
Você me ama tanto que não há onde meu amor se fazer valer;
Você é tão empenhado que não há onde eu me empenhar;
Você pensa tanto no que eu sou que há espaço preu me fazer;
Você faz tanto um eu...


Esse eu não existo.

quarta-feira, 4 de julho de 2012

Estranho e concreto no surrealismo.

    Palavras não são possíveis de serem encaixadas em todos momentos, existe um algo que move tudo e este algo é "definido" por uma palavra: Sensações.
    Sim, são as sensações que movem o ser humano. Elas os fazem mover o resto do mundo. Do seu mundo.
    Coisas simples que provêm de decisões complicadas ao serem percebidas como realmente são parecem toneladas transformadas em gramas e faz do desespero um imenso sorriso de paz.
    A melhor sensação pode-se dizer que é a de plenitude. E se algo ajuda-te a chegar a ela..? Ah, encanta-se pelo motor ou pelo processo de construção de pensamento.
    A sensação de plenitude faz do seu dono um viciado que por conseguinte procurará sem hesitar o alimento de sua paz, o combustível desta imensa onda de prazer infinda enquanto em execução.
    E são sensações, apenas sensações que percorrem os autores das palavras enquanto estes tentam com um breve lance das mesmas exprimi-las ocultamente. 
Estas sensações que os ocupam e que os fazem querer ganhar o mundo e gritar. 

Gritar sem palavras.
Gritar quem sabe até sem som.
Gritar com um sorriso e uma lágrima.
Gritar com uma paixão imaginária que preenche o ser por completo.



Sensações, apenas sensações...



terça-feira, 3 de julho de 2012

Nair e Alejandro




Estavam Dois amigos caminhando por entre uma estrada de pedra.




Largavam para trás duzias de marcas de suas pegadas que iam ficando cada vez mais fortes.
Andavam pelo infinito daquelas pedras acinzentadas por mais do que infinitos meses. Duas silhuetas sob um sol amarelo escaldante.
Quando uma, a menor, pergunta:
- Vamos continuar com isso pra sempre? - Uma voz friamente feminina.
- Nair, não lhe ensinaram a ter paciência? - Respondeu-lhe Alejandro, que andava à sua direita.
- Mas é que eu já cansei - Disse ela abanando, com os braços, o nada - Vamos fazer algo mais "divertido".
- Mas é que nos foi ordenado... - Tentou continuar.
- Vamos - chantageou ela já com uma voz perversa.
- Nair? - Indignou ele.
- Vai me dizer que gosta de andar eternamente? - Respondeu-lhe.
- Certo... Certo... Mas nada tão complexo...
- O que podemos fazer? - Nair sorria pela primeira vez em muito tempo, um riso maléfico.
- O que você quiser - Disse Alejandro de forma elegante e convencida.
Ela parou de andar, fazendo com que ele, suspirando, também o fizesse.
- Eu quero algo supremo - Declarou ela. Ele pegou a sua mão, se abaixou puxando-a e com cuidado misturou-a junto a um pouco da terra e barro, ao puxar de volta, veio, junto, uma serpente, cor purpura vibrante, com um olho dourado fechado ao centro, talvez a mais suprema serpente já vista.   - O que é isso? - Perguntou ela maravilhada.
- Uma serpente - Respondeu ele.
- É fantástica - Seus olhos brilhavam.
- Podemos continuar? - Perguntou ele.
- Não Alejandro - Insistiu Ela - Eu quero algo mais vibrante - Ele, convencido, deu dois passos pra trás, se abaixou novamente, pegou alguns pouquíssimos grãos de terra, se levantou colocando a palma da mão estendida poucos centímetros a frente da boca e assoprou levemente. Parecendo que estava saindo de baixo da pele da sua mão, os grãos de terra se transformaram no par de olhos de um gavião, que por sua vez, alçou voo, e foi planando até o ombro da garota - E isso o que é? - Perguntou Ela enquanto os seus olhos, cheios de lágrimas, admiravam o animal.
- Isso é uma Harpia - Respondeu ele.
- É... É incrível...
Eles retomaram a inquietante caminhada antes da magnifica ave bater asas e se perder naquele horizonte indescritível.
- Alejandro... - Insinuou a garota.
- Diga Nair.
- Porque estamos apenas nós dois aqui, se podemos criar vida?
- É muito arriscado - Declarou ele.
- A vida? - Perguntou ela.
- Nair... A vida é, de fato, perigosa. Se criarmos seres, como nós, ou até mesmo baseados em nós, com o tempo, eles se tornarão um câncer para este maravilhoso mundo, e o levarão à uma combustão profunda.
- Por que? - Eles continuavam andando, porém com passos mais intensos e eufóricos.
- Porque, para que sobrevivam, teremos de dar a eles o poder da escolha, e com o tempo eles irão perceber que são capazes de tudo, como se fosse um bebê, em intensa descoberta, quando percebe que não tem limites. Então, em busca, cada um, de seu próprio bem, eles esquecerão o "proposito" do qual foram criados, e iniciarão confortos e mais confortos. Os mais fortes, e ou com mais conhecimento, irão ajudar os mais fracos, acalentando-os, ensinando-os e até mesmo dando-lhes a vida, apenas para satisfazerem os seus desejos universais, ou até mesmo os seus próprios princípios. E com isso, com todos procurando, cada um, por sua felicidade surgirá um sentimento, o que nos é conhecido como amor, junto a ele, aparecerão outros vários, como a caridade, compaixão, carinho, alegria, plenitude. E no final, teremos que reabastecer esse mundo de seres zerados de pureza para que o processo seja feito quem sabe então de uma forma diferente.
- Não podemos criar algo que os faça se conter, ou até mesmo se equilibrar, com relação a essa busca fatídica pela própria felicidade e harmonia? - Indagou Nair ainda persistente, porém já um pouco revoltada.
- Não imagino existir nada que possa conter esse amor humano - Se pôs pensativo.




Mais alguns poucos passos em silêncio e Nair para de andar e solta um raio.
- Ei - Chama ela percebendo que Alejandro, distraído, continuou a dar seus passos.
- Que foi? - Responde ele parando.
- Vem cá - Ela manda que se aproxime com um gesto.
- Que foi Nair? - Continua ele, já um pouco preocupado, se aproximando da garota. Quando estão a apenas dois ou três passos de distância, Nair puxa-o para mais perto, e solta três murros e sua face seguidos de um olhar penetrante de ira.
Ele, talvez pro instinto, segura-lhe o cabelo e joga-a nas pedras fazendo-a se arranhar e rolar uns dois metros. Ela rola de volta e o dá uma rasteira fazendo-o cair ao seu lado. E ali ficam, cada qual sentido o pulsar e a respiração do outro, por longo minutos...








- O que foi isso? - Perguntou ele quebrando o longo silêncio ainda com as costas no mesmo lugar.
- Acabamos de criar algo mais supremo do que uma serpente, e mais forte do que uma Harpia - Respondeu ela sorrido com o canto da boca enquanto sentia o seu suor.
- O que?
- O que equilibrará o amor das nossas futuras criações.
- Dos humanos?
- Sim...






- E como o chamarás?







- O chamaremos de Ódio.





Paródia de : Naur e Alagos

quarta-feira, 27 de junho de 2012

Personagens Para uma Prosa






Rose ria ao raiar do dia
Paula pulava o poleiro molhada
Catarina cantava canção de ninar
Dionísio dormia ao lado da Diná

Amanda atacada acenava num alerta
Lara lamentava lançada na lama
Gabriela gritava da galinha gorjeando
Vanessa via Vicente voltando

Fabrício fazia faísca e fumaça
Bárbara bonita botava batom
Tiago tossia depois duma tragada
Ernesto encenava o Encanto de Eragón

Mateus martelava a mesa de madeira
Sabrina saboreava sua saudade
Ilana iludia a ilha inteira

Precisa produzir mais algum personagem?





segunda-feira, 11 de junho de 2012

The Night





A dançar em pleno estado de profunda alegria e satisfação;
Cabelos ao vento frio; 
Pés com asas;
Neurônios em espiral; 
Dor indolor; 
Plenitude.


...


Palavras em pronuncia;
Mente ao eixo;
Som ao fundo;
Água a brilhar sua profundeza;
Interrogação;
Silêncio.


...


Desconexão;
Trauma em ascensão;
Mina de lágrimas;
Desespero ao pânico;
Um Coma em vida.





quinta-feira, 31 de maio de 2012

O Tiro


E foi assim, ele disse friamente que estaria disposto a tomar um tiro.
Ela foi lá, engatilhou, analisou, pensou na credibilidade das palavras dele e atirou.
Ele recebeu o impacto, sentiu o projétil ferir-lhe o peito, derramou uma lágrima e depois como se fosse sussurrar gritou:
- Vadia!

segunda-feira, 21 de maio de 2012

Suposta 6ª vez

Responsabilidade, 
Atenção.
Nossa nova realidade,
Uma sólida comunhão.


Última vez.
Última chance.
Minha relativa pequenez
À concretizar um romance.


De uma vida, Profundidade.
Do instante, Paixão.
Da essência, Amor.
Do agora, Realização.




ELL@

Olhos negros
Cabelos em ondas escuras e claras
Corpo delicado
Feições encantadoras
Jeito meigo
Sorriso divino
Um dia perto
Lábios aos meus
Ligação desfeita
Corpos separados
Beleza vulnerável.


ELL@

quinta-feira, 26 de abril de 2012

Estou Aqui

  

  Era noite de verão quando ela arrumava suas malas. Decidira voltar pra vila que morava, ela precisava. 
  Sentia que a viagem que fizestes em pró do seu objetivo era grandiosa, mas só desenvolver sua pesquisa sobre mentes doentias em corpos saudáveis já não era suficiente, ela não sentia uma evolução tão grande no seu projeto como sentia a evolução da sua doença.
  A sua cabeça já era um manto de incertezas, insegurança e falta de esperança. Seu sonho tornara-se inútil. A doente agora era ela, e esta precisava de cura.
  Saiu de sua cobertura num Flat de frente pro mar, fechou suas contas, e botou suas mochilas num táxi indo direto para a rodoviária.
  Chegando lá ainda faltavam 30 minutos para a saída do ônibus com destino à vila na canoa.
  Ficou a tomar um mate com leite gelado e observar uns casais de mãos dadas na pracinha em frente ao estacionamento. Todos sorrindo, todos felizes, todos acompanhados de alguém que os faziam sentir a si mesmos.
  Começou a imaginar como seria sua recepção, ou ao menos se ainda haveria lugar para ela se abrigar depois de tantos anos de ausência.

Uma lágrima caiu. 
Mas neste dia foi apenas uma.
Até então.

A sirene tocou e anunciou o embarque do rotativo 0202.
Era chegada sua hora. Agora ela iria voltar de onde veio.

  Foram 10 horas de viagem e ela não conseguia expressar nada, nem dormir, nem comer... Apenas ficava a imaginar como estariam as coisas agora. Se elas ainda existiam e como estariam diferentes as casinhas perto da lagoa.

  Ela acordou com os freios e a porta abrindo. Tinha cochilado, e agora as 4 da manhã, enfim havia chegado.
  Desceu e pegou suas malas indo direto pro trenzinho que partiria naquele instante em direção ao centro.

  Soltou em frente à Igreja de Nossa senhora da Saré. Ah aquela catedral...
  Foram tantas risadas atrás dali, tantas conversas, tantos sorrisos..
  A saudade e as lembranças vieram a tona. Se não fosse 4:20 da madrugada ela sairia a gritar pela ruela.

  Gritar não pôde, mas correr.. 
  Quem impediria uma Garota com uma mochila e duas malas de sair correndo em busca do seu verdadeiro sonho?

  Três batidas, um arranhão e nada mais. Isso era o necessário para fazer presente e reavivar o canal.

3 Minutos se passaram e a aflição tomou conta de si. A porta não abria.

Não havia mais ninguém lá?
Sabiam que era ela?
Não a queriam lá?

Então mais três batidas e quando iria lançar o arranhão a porta se abriu.

Silêncio.

  Ela entrou, colocou suas malas ao chão da cozinha, sentindo aquele cheiro de vida foi direto ao quarto central e sentou a esquerda da cama. A sua esquerda da cama.

O silêncio permanecia e agora Ele olhava para Ela.

  Por súbita reação ela gritou. 
  Foi algo que mordeu o seu dedinho da mão, algo esse que foi identificado como um filhotinho de labrador.

- Ágata! Pare com isso, já disse que não pode morder tudo o que vê.

  O clima de suspense foi quebrado e agora o que se tinha no ar era confusão. 
Ágata? Quando ele comprara aquele cachorro? E como ele foi colocar esse nome?

- Meu amor? Quem é essa? Porque colocastes esse nome? Tão ocupado e ainda se dispôs a cuidar dela? Não entendo..

Ela pôs-se a toca sua face e dela corria uma gota quente e serena...

- Você foi em busca dos seus sonhos, seus objetivos, passaram-se dois anos e não desdes sinais de que voltaria. Eu precisava de alguém pra suprir essa falta que você me faz, para brincar comigo, para me fazer sorrir, para eu brigar, para me dar motivos de seguir, para eu dedicar o meu amor. Alguém que estivesse aqui comigo.

  Eles se abraçaram e agora ela só fazia sorrir. Um riso contido e apaixonado. Um riso de quem descobrira que Ele era seu principal objetivo, era Ele, só Ele quem a fazia se sentir feliz e amada. Acariciou seu rosto, delineou seu lábios e depois de um beijo profundo olhou em seu olhos e disse:

- Eu estou aqui.  

domingo, 18 de março de 2012

A natureza em expressão humana


Uma gotinha de orvalho que faz questão de aparecer todo dia nas minhas pétalas pela manhã.
Uma estrela de importância tal qual o sol, que aquece e ilumina.
Uma brisa que sopra a alma e refresca trazendo leveza. 
Se aplica como uma Fênix que renasce ao morrer totalmente.


Harmonia presente entre componentes
Fascínio
Ternura
Amabilidade
Concorrência
Coerência
Compaixão


Equilíbrio


Beleza exagerada, inexpressiva. 
Magia.

terça-feira, 6 de março de 2012

Planos



Noites acordadas a pensar em algo bom
Aquilo que seria o ideal
A cor que desse o tom
Que expressasse o sentimento real.


O que a você se equiparasse
Que chamasse atenção
Para que você reparasse
Que sob seus olhos sou pura emoção.


Criando e recriando
A montar e compor
Finalizando e analisando
Se seria o ideal a se expor


Tudo pronto e perfeito
Poderia então te dar o que merecia
Mas o plano foi desfeito. 
Agora você não mais me reconhecia.

segunda-feira, 27 de fevereiro de 2012

A Busca Universal

   
   Toda história infantil começa com um "Era uma vez...", se desenvolve, passando por grandes ápices de dificuldades, para no final acabar com um "felizes para sempre".
    Mas será que esse: "felizes para sempre", que já é implantado na cabeça das crianças desde pequenas pode ser real?
    E é isso. Desde meninos somos condicionados a busca da felicidade, mas a procura dela através dos meios externos, por tudo aquilo que possamos consumir vindo do alheio e em grande escala, tudo para que esse "tudo" nunca esteja completo.
   Isso é fruto do mundo capitalista que diz que para SER é preciso TER, e para ser feliz é necessário ter vários elementos materiais que são lançados a todo momento, e ter tudo que possamos comprar e o que não possamos também, é aí, nesse processo de obtenção de objetos e ações desnecessárias no qual nunca conseguimos nos satisfazer, que não nos encontramos felizes.
    Mas o foco não é o Estado, então deixemos o sistema  de lado e foquemos no que é almejado por todos os seres humanos sem exceção alguma, indo dos índios aos gerentes financeiros, passando por casados, mendigos e presidentes.
   Todos querem estar envolvidos pela sensação de que tudo é lindo e que sorrindo é que se faz a vida. Criamos metas, caminhamos, choramos, sorrimos, e esperamos sempre a chegada ao ponto máximo: a felicidade plena.
   Todavia, por qual motivo a almejamos tanto se é tão difícil alcançá-la? Para que movemos mil passos para chegar nela, sendo que sempre que ela nos encontra vai correndo para o mais longe possível sem nos permitir um desfrutar prolongado?
    Será mesmo que o nosso censo de felicidade diz o que realmente ela é? E é justa a sua forma de compreensão é a obstinação que provoca?
   Quem sou eu para responder a essas perguntas senão uma humana em busca do êxtase da felicidade. Não sou digna de expor uma ideia de análise sendo que eu mesma faço parte do produto analisado, porém, aqui vou eu a pensar um pouco mais sobre a nossa amiga, ou inimiga, felicidade.
    Existem os felizes e os infelizes por pré-disposição. Os felizes, ou os que se aproximam desse estado com mais frequência, são os seres que se sentem completos pelos frutos do próprio ser, sendo por uma ética respeitável, criatividade aflorada e principalmente pela expressão de seus bons valores morais.
   Os mais felizes são os que crêem e sentem que a felicidade parte de dentro, ao contrário dos pré-dispostos à infelicidade, que como citei antes, buscam a felicidade com a crença de que ela faça parte do que eles venham a possuir, um ciclo infindável que é o mais optado e o mais falho quanto aos seus resultados.
   Sendo de uma forma ou de outra, todos vamos atrás dela, pois, se desfrutada por meros instantes, faz-se necessária por mais vezes assim como uma droga, de tão boa que é a sensação momentânea, torna-se um vício, e fica marcada como objeto essencial a existência na vida.
    A felicidade, tal como o amor, tal como a vida, se faz validar por um bom momento, mesmo sendo os demais tão difíceis.
   A felicidade é explicada com o fruto da felicidade, e ele é "individual de cada um". A busca universal interior. 

sábado, 25 de fevereiro de 2012

Vontade


Vontade de produzir.
De ter um projeto,
o conduzir.
Ganhar um mérito.

Vontade de me expor.
Em fatos buscar
a razão de compor
e depois publicar.

Vontade de sair
Em jornadas viajar
Reportagens redigir
Na vida me esbanjar. 




sexta-feira, 24 de fevereiro de 2012

Three



Poderia fazer 3 textos. 
Um sobre mim, um sobre a terra e um sobre o mar.
Um sobre a protagonista, um sobre o concreto e um sobre o flexível.
Um de quem vives, outro de quem quer viver e outro de quem se deixa viver.
Um que fala do ser, outro do equilíbrio e outro da felicidade.
Um duma vida, um do objetivo e um do caminho.
Um conteria dores, outro esperança e outro indiferença.
Um egoísta, e assim vem o estranho e então o subentendido.
Um contaria peripécias, outro exporia o louvável  e o outro exemplificaria o indispensável.
Um almejaria o amor, outro viveria o amor e o outro seria o amor.

segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

A resposta


Nunca espere,
Nem venere.
Não suponha,
Nem se disponha.

Não almeje encontrar
de que forma pode ser.
Sem vantagem procurar
Ela, não vais reconhecer.

Da ideia, um lado.
Um corpo desamparado.
A duvida e Um só.
Laço sem nó.

Não vale a pena querer,
Nem viver para obter.
Fazer por quem se gosta,
Só o ser, Sem a resposta.

terça-feira, 31 de janeiro de 2012

Replicas do amor

    E foi assim que começou, foi assim que se desenvolveu, e foi assim que terminou. Mas do fim sobraram duas lembranças: Kevin e Sam.
    Eles são os gêmeos mais lindos e encantadores. De uma beleza rara, almas cristalinas de poderes inimagináveis.
    Kevin, um garoto explosivo porém passivo, de cabelos negros e olhos castanho escuro, pele cor de caramelo, sorriso perfeito, traços delicados, personalidade forte, de olhar penetrante, e força capaz de mover o mundo. 
     Sam, assim como seu irmão, possui os cabelos negros e cacheados, de olhos profundos e pele frágil ela é a garota mais encantadora da ilha de Esupra. O que vem dela é uma magia dominadora de total incompreensão.
    Eles moram numa casa rustica e de sofisticada arquitetura com a mãe deles. Aquela mulher que todos se perguntam o porque da falta das palavras, o motivo do mistério e o principal, o que ela tanta busca ao olhar para o mar e para as estrelas.
    Dias de rotina chamam atenção, até o dia no qual isso se desenvolve e torna-se algo mais...
    A mãe incógnita, mais uma vez, chora ao ouvir uma música, e dessa vez o Kevin vai até ela e pergunta o que acontece com a matriarca de sua pequena família, mas ela não o olha na cara, não suporta ver a fisionomia do filho, e a voz, e as lembranças que ele causa. Ela simplesmente o ignora e sai correndo para a beira do mar. 
    A Sam chega para ele e fica sem entender, sem aguentar mais aquela ausência de explicação. Os filhos se perguntam o motivo, e que música seria essa que tanto a mãe ouve e que nunca os deixou ouvir. O pai deles, o que acontecera com ele, quem seria, como seria? Eles não aguentam mais isso, mas essas questões e duvidas. Chega de incerteza. Eis que tomam a decisão:

Kevin -Temos que descobrir a nossa razão no mundo. Como chegamos aqui e para que vinhemos. 

Sam - Aposto que isso tem a ver com o papai. E que isso reflete em como a mamãe é. Só pode ser.

Kevin - Precisamos achar o que ela procura e aposto que vem dele.

Sam - Mas não sabemos. Pode não ser, por que se fosse ela estaria com ele ou se não estivesse iria pelo menos nos contar quem era, o que fazia, o nome ao menos.

Kevin - Já sei. Vamos ouvir aquela música, aquela gravação que a faz ir para outro mundo, que a faz transformar-se em lagrimas e sorrisos seguidos de ódio e paz.

    E assim seguiram para o quartinho dela com a intenção de pegar o gravador, mas ao chegarem lá se depararam com outra coisa. Encontraram um livro. E ficaram espantados ao verem que era feito pela sua mãe, e o mais assustador, tinha o nome deles. O livro era a resposta. 
    Ao pegarem juntos levaram-no para o meio do templo EloSupra. Fez-se uma luz ao depositá-lo na mesa de mantras e antes que eles apagassem leram pela última vez naquela noite a frase, o título, a resposta. O nome da explicação da beleza, do fruto, do que seriam.
REPLICAS DO AMOR




P.S. Esse livro é meu futuro projeto que descrevera essa história. O amor não cabe em um texto. Talvez num livro, ou numa trilogia. Mas isso é pro amanhã.