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domingo, 5 de julho de 2020

Somos o oco do mundo

Gargalhadas escandalosas escondem o vazio ensurdecedor. 
Alto tom sem significantes motivos. 
É a alma querendo ressoar sua existência. 

-Vejam como eu riu bonito. Me deem mais motivos. 
E assim são intermináveis breves 30 minutos, precedentes de uma mumificação interior. 

Os dentes que sorriam, agora se travam. Se fecham como se não quisessem expor o buraco negro que há da boca para dentro. 

É o oco. O oco do mundo mora dentro de nós. 
Mora em cada desejo repreendido, em cada vontade desdenhada. 

Silêncios interrompidos. 
Implosão. 

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