Gargalhadas escandalosas escondem o vazio ensurdecedor.
Alto tom sem significantes motivos.
É a alma querendo ressoar sua existência.
-Vejam como eu riu bonito. Me deem mais motivos.
E assim são intermináveis breves 30 minutos, precedentes de uma mumificação interior.
Os dentes que sorriam, agora se travam. Se fecham como se não quisessem expor o buraco negro que há da boca para dentro.
É o oco. O oco do mundo mora dentro de nós.
Mora em cada desejo repreendido, em cada vontade desdenhada.
Silêncios interrompidos.
Implosão.
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