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domingo, 5 de julho de 2020

Fruto do pecado

Eram duas horas da manhã e eu comia uma maçã
Devorava-a com a imensa vontade que eu tinha de te devorar. 
Quase comi os caroços. 
Pularam em mim. 
Assim como pulou o amor dos meus braços. 
Eu via nos seus olhos uma dúvida, arrependimento, perdão 
Via que não veria mais
Fechei o meu coração com todas as amarras possíveis
Não deixei você entrar
Mas você lutou e lutou 
Arrancou-me um braço e puxou para você. 
Isso dói 
Eu ainda amo
Não me puxe, por favor
Estou tentando superar a sua partida
E sei que não vais mais voltar 
O choro é seco 
Não há uma lágrima 
Só há um aperto tremendo 
Creio que morri. 

Por favor, não me deixe. 

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