No auge de junho escuto bombas.
Seriam de São joão?
Ah não, estamos em copa, seria um gol?
Na verdade elas vêm da polícia e não são comemorativas.
Na rua vejo a correria
Nos estádios a gritaria
Contra os manifestantes, o spray
Já na televisão, assistimos o replay.
A seleção de futebol já está em sucesso
Pra que ir pras ruas reclamar?
Coloca Olodum no pelourinho
Quem vai preferir tomar bala e ir protestar?
Nessa onda de realidade
Divide-se a nação
Um lado luta por ela
Outra pela seleção.
Como reviver amores perdidos?
Deveriam esses ser revividos?
Ou esquecidos?
Quem sabe, omitidos.
O que leva a uma esfera se fechar?
O que faz um amor se exaurir?
Qual papel da ilusão no fim?
Existiria mesmo o fim?
Como saber o ponto certo?
Certo para que?
De que forma?
Seria mesmo você?
Como seria o ideal?
Existem regras?
O amor não é universal?
Qual motivo das limitações?
Um mundo de interrogação
Um ponto sem exclamação
Um meio de confusão
Um verbo perdido'
Eu diria que o amor a gente encontra sem esperar
numa casa perdida
Num ambiente hostil
ou em qualquer rua cotidiana do nosso caminho.
Eu diria também, que o amor no faz bem
aflora em nós todo o potencial positivo
nos motiva em prol do seu contentamento
Move-nos numa direção de luz.
Eu diria mais, diria que amamos tudo
tudo que nos faz sentir bem.
Seja uma bonequinha educada
seja um amigo verdadeiro.
Eu diria que amor é contentamento
paixão, alegria e satisfação.
Diria que o amor é a vida
que todos deveriam experimentar.